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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Facção volta a resgatar presos de Penitenciária no Ceará


O presidente do Copen ressalta que a reincidência de ataques acontece devido à frágil infraestrutura, tanto no interior da CPPL II, quanto no entorno (Foto: Reprodução)


A facção Guardiões do Estado (GDE) cometeu, ontem, mais uma ação ousada no Complexo Penitenciário Itaitinga II, especificamente na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II). Por volta das 6h, a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) registrou um tiroteio entre criminosos, agentes penitenciários e policiais, seguido de um resgate de internos da unidade.

Conforme a Pasta, um grupo armado disparou contra os servidores, enquanto os internos fugiam por um túnel. Na ação, dois detentos foram feridos a bala. Os dois permanecem internados no Instituto Doutor José Frota (IJF), e, conforme a Secretaria, não correm risco de morte. Até o fechamento desta edição, a Sejus não havia divulgado o número de fugitivos da unidade. Segundo informações extraoficiais, cerca de 55 presos teriam conseguido escapar.

Reincidência

A unidade concentra integrantes da GDE. Em menos de uma semana, este foi o segundo ataque no local. Outro similar aconteceu no último sábado (14), quando três presos fugiram. Uma fonte ligada à Sejus disse que, após a ação de ontem, foram feitas vistorias nas ruas do presídio e o túnel encontrado na Rua F, foi fechado.

O presidente do Conselho Penitenciário do Ceará (Copen), Cláudio Justa, afirmou que o passo a passo das ocorrências na unidade vem se repetindo. "Em média, tinham, pelo menos, cinco indivíduos dando apoio no entorno. O número não é confirmado, mas é estimado pelo volume dos disparos".

O presidente do Copen ressalta que a reincidência de ataques acontece devido à frágil infraestrutura, tanto no interior da CPPL II, quanto no entorno. Em volta da Penitenciária há um matagal que facilita o esconderijo e fuga dos criminosos.

Ainda sobre a recorrência de ações nesta unidade, Cláudio Justa lembra que recentemente um dos líderes da facção GDE foi preso, no Pirambu. Para Justa, a captura dele culminou na revolta de internos e vem agravando a situação do Sistema Carcerário.

"Quando uma liderança cai, ou seja, é presa, tem ação no âmbito penitenciário. Há uma negligência nos perímetros prisionais. As CPPLs não têm muralha. Os criminosos atiram, a guarda atende essa demanda da resposta de fogo, enquanto os outros fogem. Falta monitoramento de câmeras e melhor luminosidade", acrescentou Justa.

Em nota, a Sejus informou que em novembro iniciará uma reforma na CPPL II, a fim de assegurar que todos os presos fiquem recolhidos nas celas.

Fonte: Diário do Nordeste

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