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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Dirceu é alvo de nova denúncia na Operação Lava Jato

O ex-ministro José Dirceu (PT) foi denunciado pela terceira vez no âmbito da Operação Lava Jato, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (2) pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo a força-tarefa, Dirceu recebeu R$ 2,4 milhões entre 2011 e 2014 das empreiteiras Engevix e UTC desviados de contratos da Petrobras.

A nova denúncia foi divulgada no mesmo dia em que o STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar o pedido de habeas corpus do ex-ministro. Segundo o procurador Deltan Dallagnol, a nova acusação vem em um momento "oportuno", quando se discute no STF a necessidade da prisão de Dirceu.

"Evidentemente, esta acusação já estava sendo amadurecida. É uma acusação que estava para ser oferecida e, em razão da análise de um habeas corpus, teve uma precipitação no objetivo de oferecer novos fatos ao STF", declarou Dallagnol.

Além de Dirceu, outras 4 pessoas foram denunciadas: Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro; João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; Gerson de Melo Almada, ex-executivo da Engevix; e Walmir Pinheiro Santana, ex-executivo da UTC.

Condenado a penas que somam mais de 32 ano de prisão nas outras duas denúncias, Dirceu está detido em Curitiba desde 2015. Ele foi ministro-chefe da Casa Civil do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2003 e 2005.

"A liberdade do réu [Dirceu] acarreta sérios riscos para a sociedade em razão da gravidade dos crimes, da reiteração delitiva e da influência do réu no ambiente político-partidário. Dirceu já foi condenado por dezenas de atos de corrupção e lavagem entre 2007 e 2013, somando mais de R$ 17 milhões. Muitos crimes foram realizados durante o próprio julgamento do Mensalão, o que é um acinte à justiça", afirmou Deltan Dallagnol.

Uol

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