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sábado, 7 de janeiro de 2017

Sejus separa presos de facções por presídios para evitar massacre. Governador admite o poder das organizações criminosas no estado

Transferência de presos 2
As transferências começaram na última terça-feira e continuam sendo realizadas
Cerca de 950 presos recolhidos no Complexo Penitenciário da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF)  já foram remanejados, nos últimos dois dias, de cadeias localizadas nos Municípios de Itaitinga, Pacatuba, Aquiraz e Caucaia. A Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) decidiu isolar as quatro facções criminosas que dominam o sistema: Comando Vermelho (CV), Primeiro Comando da Capital (PCC), Família do Norte (FDN) e Guardiões do Estado (GDE), além daqueles que não pertencem a nenhum dos grupos e são chamados de a “Massa”.
O isolamento ficou assim estabelecido: Na Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3, em Itaitinga, foram colocados os presos integrantes do PCC. Já os bandidos ligados ao Comando Vermelho (CV) foram mandados para a Casa de Privação Provisória da Liberdade Agente Elias Alves da Silva, a CPPL 4.
Nas CPPLs 1, 2 e 5,  em Itaitinga;  e no Presídio do Carrapicho, em Caucaia, ficaram os detentos da “Massa”, da Família do Norte (FDN) e da Guardiões do Estado. (GDE). Já na Penitenciária da Pacatuba estão bandidos considerados de maior periculosidade, já condenados, que cumprem o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e, portanto, são isolados.
Tensão
Ainda que as transferências tenham sido preventivas, o clima no sistema ainda é tenso e com riscos de novas tentativas de rebeliões e fugas, como aconteceu no começo da tarde desta quarta-feira (4), nas CPPLs 1, 2 e 3, mas que foram rapidamente sufocadas pelo Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) e pelo Grupo de Apoio Penitenciário (GAP).
A situação mais preocupante foi na CPPL 2, onde os detentos de, ao menos, três “ruas” (galerias de celas) se amotinaram. As “ruas” D, E e F tiveram que ser evacuadas pela PM.
Já na CPPL 3, houve uma ameaça geral de confronto entre os membros do PCC e da GDE, quando 15 membros da primeira facção tentaram expulsar de uma das “ruas” os internos do segundo grupo e estes resistiram e disseram que só sairiam dali mortos.  Áudios gravados pelos próprios membros da GDE foram postados nas redes sociais.
Camilo admitiu
Em entrevista na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o governador do estado, Camilo Santana (PT), voltou a admitir a presença das facções criminosas nos presídios cearenses, fato que ele negou por quase dois anos. Informou também que cerca de 40 presos que seriam líderes dessas organizações criminosas foram transferidos do Ceará para presídios federais de segurança máxima em outros estados brasileiros, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
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