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domingo, 4 de dezembro de 2016

Manifestantes prometem voltar às ruas neste domingo em atos em defesa da Lava-Jato

Foto: Aloisio Mauricio / Estadão
Policiais federais em ação durante a a 32ª fase da Lava-Jato batizada de Caça-Fantasmas
Manifestantes voltam às ruas na manhã deste domingo (04/12) em mais de 150 cidades para protestar contra a aprovação de medidas na Câmara dos Deputados que teriam o objetivo de retaliar procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e juízes que investigam casos de corrupção. Também estão marcados protestos em outras seis cidades no exterior. Em Belo Horizonte, a manifestação está marcada para começar às 10h, na Praça da Liberdade.

Vários grupos usaram redes sociais para convocar as pessoas para o protesto, mas em cada um dos grupos aparecem vários temas apontados como motivo para levar a população de volta às ruas. Mas a principal bandeira dos atos – usada pela maioria dos grupos que organizam a manifestação – é a defesa da operação Lava-Jato.

Na madrugada de quarta-feira, os deputados desfiguraram o pacote de leis de combate à corrupção apresentado pelo MPF. Os parlamentares incluíram uma emenda no texto que possibilita a punição de magistrados e integrantes do MP por crime de abuso de autoridade e retiraram outros itens do pacote, suprimindo ações que endureciam a legislação e simplificariam a tramitação processual em casos de desvios de verbas públicas.

Os procuradores que fazem parte da força-tarefa da Lava-Jato reagiram no mesmo dia e dispararam contra a Câmara. Os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos dos Santos Lima chegaram a dizer que, “caso a proposta de intimidação de juízes e procuradores se tornasse lei”, eles renunciariam coletivamente às investigações e abandonariam a operação.

Em uma das redes sociais que convoca manifestantes para o ato na capital mineira, o Vem Pra Rua BH, até a tarde de ontem mais de 3,8 mil pessoas tinham confirmado presença na Praça da Liberdade e outras 4 mil afirmaram ter interesse em comparecer. Na pauta dos protestos em Minas, além do apoio à operação Lava-Jato, os organizadores pedem a abertura do processo na Assembleia Legislativa contra o governador Fernando Pimentel (PT).

Em São Paulo, o maior ato está marcado para as 14h, na Avenida Paulista. No Facebook do grupo Vem Pra Rua, 114 mil pessoas confirmaram presença no evento. O grupo foi um dos principais articuladores das manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O protesto contará com um caminhão e trios elétricos que ficarão próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que vai instalar pontos de revista para os manifestantes que vão participar do ato em defesa das investigações do MP e da Polícia Federal. O Eixo Monumental será bloqueado entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Congresso Nacional a partir das 7h e seguirá fechado até duas horas após o protesto. A manifestação está marcada para 9h.

Segundo a Secretaria de Segurança do Governo do Distrito Federal, ela está preparada para lidar com um público de até 25 mil pessoas, embora espere entre 15 mil e 20 mil manifestantes. Ao todo, serão 1,7 mil agentes de segurança destacados para o protesto, sendo 1,5 mil policiais militares. Na área do protesto serão proibidos objetos de madeira, itens cortantes, fogos de artifício e garrafas de vidro. Serão montados dois cordões de vistoria no Eixo Monumental.

O Palácio do Planalto, que tem sido muito criticado após o caso de tráfico de influência que derrubou o ministro Geddel Vieira (PMDB), um dos nomes mais influentes no governo, vai acompanhar de perto as manifestações, mas só deve se pronunciar se elas forem realmente numerosas. O presidente Michel Temer deve ficar em Brasília. (Com agências).

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