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terça-feira, 13 de setembro de 2016

450 cassam o mandato de Cunha

Após um processo que durou mais de dez meses, a Câmara dos Deputados decidiu, ontem, por 450 votos contra 10 contrários e 9 abstenções, cassar o mandato de deputado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Casa. Dentre os votos a favor dele, estão os de Paulinho da Força (SD-SP) e Marco Feliciano (PSC-SP).

O caso foi marcado por protelações desde o ano passado. Cunha era formalmente acusado na Câmara de mentir aos colegas ao negar, em março de 2015, ter "qualquer tipo de conta" no exterior - frase dita meses antes de vir à tona a existência de dinheiro atribuído ao peemedebista na Suíça.
Em discurso, Cunha afirmou "pagar o preço" por ter autorizado a tramitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff da presidência. "O PT quer um troféu para dizer que é golpe", ressaltou. Cunha já estava afastado do mandato. Com a decisão da Câmara, fica inelegível até janeiro de 2027.
Numa rápida entrevista após o resultado, Cunha prometeu escrever um livro sobre o impeachment e contar diálogos que teve ao longo desse processo. "Não tenho nada a revelar sobre ninguém. No dia que tiver, eu o farei", declarou.
O plenário entendeu que Cunha mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, em maio de 2015, quando disse não possuir contas no exterior. Ele negou que tenha mentido à CPI, argumentando que as contas estão no nome de um trust.
Momentos antes de ver seu destino político ser chancelado no plenário da Câmara, Cunha fez um discurso forte em que afirmou estar sofrendo um "processo político" por dar continuidade ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), negou ter contas na Suíça e ameaçou colegas: "Amanhã é contra vocês".

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