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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Professores estaduais encerram greve após 107 dias



Parte da categoria não aceitou a decisão, resultando em luta dentro do Ginásio Paulo Sarasate.

Em uma assembleia realizada durante a manhã desta terça-feira (9), os professores da rede estadual de ensino decidiram pelo fim da greve da categoria, após 107 dias de paralisação. A reunião ocorreu no Ginásio Paulo Sarasate, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. Parte dos docentes não aceitava a paralisação e por conta disto, houve tumulto dentro do prédio.

Cerca de dois mil professores de Fortaleza e do interior estavam na assembleia. Após a votação em que a maioria votou pelo fim da greve, os defensores da manutenção do movimento questionou a contagem dos votos e alguns ainda jogaram cadeiras e outros objetos contra o presidente da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais Ceará (Apeoc), Anízio Melo, que teve que ser retirado do ginásio com escolta de segurança. Ele e outros membros da diretoria eram impedidos de sair do local pelos professores contrários à decisão. Na saída do ginásio, novos confrontos foram registrados.

Os docentes contrários ao fim da greve alegam que durante a votação alguns integrantes estavam sem crachá e ainda assim, conseguiram votar. A assembleia foi encerrada com o fim da greve tido como oficial pelo Sindicato Apeoc. A decisão será encaminhada ao governo. Os representantes do sindicato defendem que o governo não descontem as faltas, conforme foi acordado.

No último final de semana, o governador Camilo Santana afirmou que pretendia recorrer à Justiça para suspender o movimento. “Já oferecemos 9% de aumento e eles não aceitaram porque estão transformando essa greve em uma politicagem por conta das eleições e eu não vou aceitar isso. Não vou permitir que isso prejudique o ano letivo dos alunos do Ceará por essa intransigência de um grupo, uma minoria, que vai lá para a Assembleia, porque o próprio sindicato é contra a greve”, disse.

Enquanto o Governo oferecia 9%, os professores pediam 12%. Camilo afirmou que diante da crise econômica em que o Brasil se encontra, não tem condições de pagar o reajuste solicitado pela categoria. “É realidade do país. Não posso dar um aumento desse tamanho para todos os servidores. Não posso ser irresponsável”, declarou.
 
Via CNEWS

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