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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Copen contesta o número de mortos em rebeliões


A série de rebeliões registradas no Estado deixou oficialmente cinco mortos até a manhã desta segunda-feira, 23, segundo informou a Secretaria de Justiça (Sejus). Esses números, no entanto, foram contestados por Cláudio Justa, vice-presidente do Conselho de Políticas Penitenciárias do Estado do Ceará (Copen).
Em conversa com a equipe do CNEWS, Justa disse ter informações de que, pelo menos, 14 detentos teriam sido mortos durante os motins que aconteceram no último final de semana.
“São pelo menos 14 mortos. Se não chegar a esse número, só cinco não são. Com certeza”, disse Cláudio Justa.
Entramos em contato com a Sejus, para buscar informações sobre o número de mortes e, de acordo com a assessoria, a quantidade de vítimas fatai ultrapassou os cinco passados inicialmente, mas a informação oficial só deve ser confirmada através de nota, até o final da manhã desta segunda-feira.
Negligência do Estado
O Copen, órgão previsto na Lei de Execuções Penais como avaliador das condições do cumprimento das penas em presídios, realizou inspeções e vistorias nas unidades prisionais do Estado, antes mesmo da greve dos Agentes Penitenciários, deflagrada no último sábado, 21, e constatou que os detentos estavam prestes a se rebelar.
“A greve dos agentes penitenciários foi apenas a oportunidade que os detentos precisavam para desencadear uma das mais graves crises que o sistema penitenciário no Ceará e também no Brasil”, disse Cláudio Justa. Ele completou ressaltando que o problema tem reflexo direto na segurança pública, já que policiais que fazem a segurança das ruas estão sendo deslocados para conter as rebeliões.
Segundo Justa, a gravidade era tamanha, que o Ceará recebeu a visita de uma Comissão de membros do Ministério da Justiça e do Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias, cujos representantes disseram durante a encontro no Copen que recomendariam medidas ao MJ e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por conta da gravidade da situação no Estado.
"A situação não está contida, novas rebeliões começaram na manhã desta segunda-feira e já mais mortos", afirma Justa.
CNews

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