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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Professores fazem velório simbólico da URCA



Madson Vagner
Professores, alunos e funcionários da Universidade Regional do Cariri (URCA) fizeram, na manhã dessa quarta-feira (29), o velório simbólico da instituição (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
Centenas de manifestantes, entre professores, alunos e funcionários da Universidade Regional do Cariri (URCA) fizeram, na manhã dessa quarta-feira (29), o velório simbólico da instituição. O movimento foi realizado nas dependências da Universidade (Campus do Pimenta) e na Praça Siqueira Campos, em Crato.

Segundo manifestantes, o movimento teve o objetivo de chamar a atenção da sociedade caririense para a proposta apresentada pelo Governador Cid Gomes a categoria, em greve desde o dia 15 de setembro. A categoria considerou a proposta como absurda.

Durante um encontro com o comando grevista, no último dia 21, o governador sugeriu que cada professor da instituição permaneça 52% do tempo devido, em sala de aula. Para a direção do Sindicato dos Docentes da URCA (Sindurca), a proposta compromete, em muito, as atividades extra sala como pesquisa, orientação e extensão.
O movimento teve o objetivo de chamar a atenção da sociedade caririense para a proposta apresentada pelo Governador Cid Gomes a categoria (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)

Além disso, ao transformarem a proposta em prática, através de cálculos matemáticos, os diretores do Sindurca descobriram que, pela proposta, a Universidade teria uma força excedente de 37 professores. Ou seja, segundo a sugestão do governador, a URCA tem professor sobrando.

Para o presidente do Sindurca, professor Gustavo Nobre, a proposta, na prática, sugere que a Universidade elimine 37 professores do seu quadro já escasso. “É algo como pedir para matar 37 professores e a URCA, por tabela. É um verdadeiro absurdo se levarmos em consideração que estamos pedindo a efetivação de 26 professores de forma emergencial e mais 119 para completar o quadro de efetivos,” disse Augusto.

A outra proposta do governador Cid, durante o encontro, foi que os professores voltassem as salas de aula que no dia seguinte seriam feitas as 26 nomeações dos aprovados no último concurso. Em Assembleia no dia seguinte, 22, a categoria decidiu não confiar na palavra do governador e deu sequência a greve. Nenhum professor foi nomeado.

O concurso realizado em 2010 e renovado por mais dois anos em 2012, venceu no dia 25 deste mês. Mas, uma ação do Ministério Público do Estado, através das promotorias de Crato e Juazeiro do Norte, pedindo a imediata nomeação e posse dos 26 professores, acabou levando a questão para o campo jurídico, onde deverá ser resolvido.

O comando de greve já agenda novas manifestações e diz que a expectativa é que a greve se estenda, pelo menos, até o fim do ano quando assumirá o outro governador eleito

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